Crônica: a maneira certa de “dizer” eu te amo!
É somente isso que espera de mim? Uma mulher que não consegue desligar o telefone, de mandar um sms, de dar um tchau sem antes dizer: “Eu te amo!”. Acredita mesmo que isso é amor? Possui a idéia de que somente essas palavrinhas repetidas sem sentido são provas do meu amor?
Sinceramente, você não presta atenção em minhas atitudes, perceber que me calo quando no carro você insiste em ir pelo caminho errado, que fico horas fazendo meus rituais de beleza somente pra te convencer que no final valeu a pena esperar, quando eu finjo não conseguir abrir aquele pote de azeitonas só pra valorizar o teu esforço e força, notar que naquela festa quando cada um está para o seu lado conversando com seus amigos eu te busco com os olhos só pra perceber se está bem, se está feliz ou precisando de algo.
Você precisa parar de potencializar e esperar essas atitudes surreais demonstradas por aquelas mulheres perfeitas dos filmes românticos, e observar as minhas simples ações que demonstram o quanto eu sou apaixonada por você.
Só assim você irá valorizar as sutilezas que faço em nosso relacionamento, como quando organizei aquela viagem surpresa ou quando comprei aquele pão recheado que tanto gosta da padaria do Seu José.
Pra saber o que eu sinto, você precisa relembrar as inúmeras vezes que fingi não ver aquela toalha molhada em cima da cama, somente em nome da nossa parceria.
Precisa enxergar que aquela massagem que fiz quando chegamos naquela pousada, foi em forma de gratidão pelo seu esforço depois de ter dirigido durante a madrugada todo enquanto eu dormia ao seu lado no carro.
Por fim, eu afirmo que esperar ansiosamente por aquele “Eu te amo” somente, é estar vulnerável a maior manipulação verbal, afinal qualquer periguete ou canalha sabem fazer isso. O “eu te amo” é apenas uma convenção ou uma