crítica yayoi kusama
ESCOLA DE BELAS ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA TEORIA DA ARTE
Crítica da exposição: Yayoi Kusama- Obsessão Infinita
CAMILA VEDOVETO DE SOUSA 112029435
2013/2
A exposição de Yayoi Kusama de título: Obsessão Infinita, possivelmente o único capaz de contemplar sua obra, que carrega os próprios medos e complexos psicológicos da artista como tema em um processo de criação que ela nomeia: Obliteração.
Nas palavras da artista, obliteração remete à ambição e o apetite pelo risco, uma maneira de abraçar o desconhecido na adoção dessas obsessões como temática.
Assim ela se representa no centro do mundo e de sua própria criação, desde 1950, ano que essa exposição de caráter retrospectivo carrega até 2013, em mais de 100 peças. A grande produção de obras chama atenção em sua carreira.
A sensação de opressão vem por conta da claustrofobia que as obras causam, tanto pelo excesso, repetição, quanto pela ocupação extrema de quase todas as brechas de ar e espaço que o local poderia oferecer. A alegria das vibrantes cores ao impor tamanha condição ao expectador, de caber e submeter- se aquele espaço, beira o sadismo.
A doença de Yayoi Kusama a acompanha em cada obra e em cada pincelada, o aspecto de padrões e a forma de produção em série, remetem a influência do Minimalismo e da Pop Art, que teve contato em 1957 em Nova Iorque com Andy Warhol, Joseph Cornell, Donald Judd e Claes Oldenberg.
A trajetória da artista é marcada por múltiplos suportes e linguagens , como: “happenings”, perfomances ao vivo, ações, intervenções, pinturas, vídeos, além de também ter atuado no mundo da moda com colaborações a marcas famosas, como: Louis Vuitton, e colaborações até na indústria músical.
A montagem da exposição buscou salientar essas características. Logo na entrada as imensas bolas cheias de ar, suspensas e cheias de bolinhas pretas traziam uma prévia da sensação opressora e, de certa forma, alegre, que