Crítica sobre os fatores de qualidade de vida do trabalho
Ao estudar os fatores de Qualidade de Vida no Trabalho, nos deparamos com alguns equívocos presentes na justificação desses fatores. No tema pesquisado foi a o Trabalho e Espaço total de Vida.
Ao descrever esse fator como necessário à qualidade de vida no trabalho, Walton destaca a importância do trabalho em todas as demais esferas da vida do sujeito, onde a experiência do trabalho pode ter implicações positivas ou negativas em todas nessas esferas, seja em sua família, amigos, etc.
Taveira (2009), citando os estudos da relação do equilibro entre trabalho e família desenvolvidos por Greenhaus, Collins, Shaw (2003), destaca que a existência de três fatores necessários a esse equilíbrio: tempo, envolvimento e satisfação. Assim,
(...) quando tais indicadores funcionam conjuntamente em equilíbrio, sendo distribuídos igualmente entre família e trabalho, tendem a indicar uma melhor qualidade de vida dentro e fora do trabalho. Além disto, a pesquisa demonstrou que os indivíduos que investem mais seu tempo na família do que no trabalho tendem a ter uma melhor qualidade de vida do que aqueles que fazem o contrário. (TAVEIRA, 2009, p.4).
Muitas empresas, entretanto, exigem de seus trabalhadores uma separação entre a vida pessoal, e o trabalho. Uma expressão muito freqüente em empresas diz que o trabalhador deve “deixar os problemas pessoais do lado de fora, ao passar pelo portão da empresa”. Tal separação, nem sempre é possível, uma vez que o trabalhador que se depara com problemas pessoais em seu ambiente familiar acaba por apresentar comprometimento no desempenho da tarefa executada. Nesse sentido, JR (2003) fala das experiências que o trabalhador experimenta em sua vida e que são necessárias para a constituição de sua singularidade, uma vez que elas ampliam as relações dele para alem da empresa e do seu fazer. Assim, essas experiências vivenciadas devem ser