Crítica sobre Eraser head
A crítica de Igor Ferreira aborda pontos que também identifiquei na obra de David Lynch (Eraserhead) como: o filme apresenta inúmeras interpretações possíveis, é um filme difícil de ser compreendido, por isso é necessária uma boa preparação psicológica prévia, e a dicotomia entre o realismo e o irrealismo é uma característica sempre presente no longa-metragem. A crítica também engloba um pequeno resumo da obra o que é bastante importante, entretanto não vai a fundo, nem tenta criar uma interpretação própria de cenas, ou do filme. Na minha opinião uma crítica sobre “Eraserhead” deveria apresentar comentários ou reflexões próprias do crítico, cenas como a do delírio final do protagonista, que contém alta carga semiótica, merecem ser citadas e refletidas. Esta, em minha concepção, mostra o auge do delírio de Henry, no qual as bochechas da loira cantora podem representar os testículos masculinos, e os estranhos seres que ela esmaga, parecem ser embriões de alienígenas (iguais ao filho dele), mostrando a aversão do protagonista em ser pai. Porém tirando a falta de profundidade da crítica, esta apresenta curiosidades sobre o filme, as quais achei muito interessante. Algumas delas são sobre o roteiro de Lynch, do qual tinha apenas 21 páginas, mas a desaceleração das cenas resultou em uma duração próxima do real, concluindo num filme com 1 hora e meia. Outras curiosidades muito legais, são a do famoso diretor Kubrik (que ele acha esse um dos melhores filmes de Lynch), e a do comentário do próprio David Lynch sobre o longa-metragem (que considera este um “um sonho sobre coisas sombrias e inquietantes”. Com isso, acho que a crítica aborda bem a obra, dentre as outras com certeza se sobressai, mas na minha opinião ainda falta uma elaboração nas reflexões do filme por parte do crítico.
Crítica
“Eraserhead” (1977) é o primeiro filme de David Lynch. Em geral, o que vem à tona em nossa mente, ao pensarmos nisso, é que o