CRÍTICA - HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES
CRÍTICA
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES
Luis Rodrigo Gomes Brandão
Matrícula: 10813428
Curso: Rádio & TV
Disciplina: Crítica Cinematográfica
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES
A comédia romântica adolescente é um gênero bastante rentável e consolidado desde o nascimento do cinema de entretenimento de Hollywood na década de 80, porém inexplorado em terras tupiniquins. Talvez sua ausência no cinema nacional deve-se ao fato de que os cineastas brasileiros estejam demasiadamente preocupados em mostrar a realidade brasileira e agradar as comissões dos editais audiovisuais que patrocinam as produções nacionais. Regido rigorosamente por uma fórmula saturada e por fatores mercadológicos, esse filão quase sempre retrata a classe média alta norte-americana, servindo de escapismo para um público adolescente que possui uma certa resistência ao ascendente cinema nacional.
Lançado em 2002, Houve uma vez dois verões foi o longa-metragem de estréia do cineasta gaúcho Jorge Furtado, cuja longa e reconhecida tradição até então era com curtas-metragem e televisão. Apesar de ser uma comédia romântica adolescente leve e descontraída como seus similares norte-americanos, Furtado, que também assina o roteiro, consegue conciliar muito bem uma atmosfera mais realista com uma dose certa de bom humor. Com mais acertos do que erros, o longa se comunica bem com o nicho de mercado a que se propõe.
O longa é protagonizado pelo adolescente Chico, que, durante as férias de verão, conhece Roza (com “z”) e perde a virgindade com ela na primeira noite em que ficam juntos. Apaixonado, decide procurá-la incessantemente após constatar o sumiço dela, reencontrando-a somente em Porto Alegre. Entretanto, Roza revela que está grávida dele, iniciando uma série de encontros e desencontros que se sucederão até o próximo verão.
Como narrador homodiegético e limitado, Chico é um típico adolescente cuja trajetória é uma