Crítica do filme Minha Mãe É uma Peça
Não é segredo para ninguém que o cinema nacional está a pleno vapor. Sob direção de André Pellenz, com mais de dois milhões de telespectadores, Minha Mãe é Uma Peça - O Filme estreou em 21 de junho de 2013, fazendo rir milhões de brasileiros. É praticamente impossível não encontrar na Dona Hermínia (personagem interpretada por Paulo Gustavo) um pouco da sua mãe, ou até um pouco dos seus filhos na Marcelina, no Juliano ou no Garibe. Mais difícil ainda é não se identificar com as engraçadas (e até emocionantes) situações vividas pelos personagens.
Dona Hermínia, mãe coruja e enlouquecida, dona de uma personalidade forte e histérica, ouve seus filhos maldizendo-a pelo telefone. Decepcionada (ou "puta da vida", como ela, sempre desbocada, diria), ela resolve passar uns dias na casa de sua tia, onde relembra situações passadas com seus filhos, é aí que a trama vai se desenrolando.
Paulo Gustavo trouxe às telinhas um filme que merece destaque em comparação às últimas comédias lançadas no Brasil, já que grande parte dos filmes nacionais possui um roteiro repleto de piadas sexuais e com um humor por vezes até ''grosseiro''. O longa contou também com a participação de Herson Capri (que vive Carlos Alberto, ex- marido de Hermínia) e Ingrid Guimarães (interpretando Soraia, atual esposa de Carlos Alberto), atores que poderiam ter sido mais aproveitados (principalmente esta última, grande atriz de comédia, famosa pela sua atuação em De Pernas pro Ar 1 e 2).
O que mais me impressionou foi a capacidade do autor de arrancar risos dos telespectadores por meio da representação (bem feita e realista) de situações que muitos vivem todos os dias com suas mães. É quase indiscutível a excelente atuação do ator e também autor Paulo Gustavo e de todo o elenco, mas o filme em si possui um enredo bem simples, deixando um pouco a desejar. É preciso considerar também que levar um monólogo de sucesso para o cinema não é tão fácil, principalmente se