Crítica do Caso Dora, de Sigmund Freud
Pode-se dizer que foi a partir de Freud que o estudo dos sonhos passou a ter caráter científico, e acredito que foi a partir de suas teorias a respeito do trabalho do sonho, que foi possível levar o público a compreender e admitir a existência do inconsciente. O trabalho mais importante de Freud, com esta temática, foi o livro “A interpretação dos sonhos” (1900), do qual o autor fez um resumo que foi publicado pouco tempo depois, com o título “Sobre os sonhos” (1901), o artigo em questão dá ênfase exatamente neste trabalho, onde “as bases da teoria dos sonhos foram praticamente todas lançadas: diferença entre o conteúdo manifesto do sonho e os pensamentos oníricos latentes; a tese dos sonhos como realizações de desejos recalcados (em sua maior parte, eróticos); os sonhos como formação de compromisso entre duas instâncias psíquicas (consciente e inconsciente); os mecanismos de deslocamento e condensação como parte do trabalho do sonho; a livre associação como método de desvendar os sonhos; etc..”
O artigo trás recomendações retiradas dos trabalhos de Freud, sempre em relação à interpretação dos sonhos na perspectiva psicanalítica. Outro trabalho abordado foi “O manejo da interpretação de sonhos na Psicanálise”, em que se fez importante relatar, que Freud deixa claro que acima de qualquer método e instrumento, deve-se valorizar e colocar em primeiro lugar, a associação livre, tirando a interpretação dos sonhos de evidencia. Também é importante lembrar que Freud declara que “que a apresentação abusiva de sonhos pelo paciente, ao analista, longe de ser um sinal de colaboração, pode ser uma forma de resistência.” pois o analista pode sentir pressionado a estar interpretando incessavelmente o material dos sonhos, e acabar se perdendo durante a