Crítica de marx aos economistas clássicos
O capítulo XXII do livro O Capital de Karl Marx, diz respeito à transformação da mais valia em capital, abordando assuntos tais como a reprodução ampliada, a teoria da abstinência, as circunstâncias que determinam o montante da acumulação e o fundo do trabalho.
Antes de se aprofundar nestes assuntos, Marx eliminou a ambiguidade criada pelos economistas clássicos. A primeira divergência criticada por Marx é a diferença entre classificar a mais valia como renda em vez de classificá-la como capital. A concepção da velha nobreza consiste em “consumir o que existe”, ou seja, o capitalista compra mercadorias que satisfaçam suas necessidades naturais e sociais, entretanto, essas mercadorias não lhe servem de meio de produção e de criação de valor. Já para os burgueses é o contrário. Deve-se primeiro acumular capital e, esta acumulação, deve ser feita sem consumir toda a renda, gastando-se parte dela no emprego de trabalhadores adicionais.
Marx concorda com a economia clássica no ponto que diz que o consumo do produto excedente por trabalhadores produtivos é elemento característico do processo de acumulação. Mas critica o fato de que Smith, Ricardo e os posteriores economistas afirmarem que a acumulação é apenas o consumo do excedente por trabalhadores produtivos. De acordo com a concepção dos economistas clássicos, toda a mais valia que se transforma em capital, converte-se em capital variável. Marx afirma o contrário, de que a mais valia transformada em capital se reparte em capital constante e capital variável, em meios de produção e em força de trabalho. A força de trabalho é a forma em que o capital variável existe dentro do processo de produção, é consumida pelo capitalista e, consome os meios de produção. O dinheiro que é pago para comprar esta força de trabalho se transforma em meios de subsistência que são consumidos pelo trabalhador produtivo.
Segundo Marx, Smith chega a um resultado errado de que