Crítica de marx ao capitalismo
INTRODUÇÃO
A forma atual como a sociedade está organizada, para conseguir satisfazer as suas necessidades materiais, possui repercussões muito negativas, tanto para uma grande parcela dos seres humanos, quanto para a própria natureza. O sistema capitalista, mundialmente dominante, no que diz respeito à produção de bens e riquezas, tem como meta o constante aumento e acumulação dessa produção, pouco se preocupando com o desenvolvimento de ser humano enquanto tal. Essa despreocupação se justifica, à medida que o ser humano interessa, tão-somente, como instrumento que possa colaborar para a consecução das finalidades desse sistema. Portanto, o ser humano interessa ao sistema capitalista somente enquanto força de trabalho e não como um ser que tem necessidades e desejos, e que quer desenvolver plenamente as suas potencialidades.
Marx dedicou todo o seu esforço intelectual na tentativa de mostrar o capitalismo por dentro, apontando as suas contradições, sua origem e desenvolvimento, bem como as suas conseqüências para o ser humano que trabalha. Nessa tentativa, procurou analisar criticamente a sociedade da sua época, na crítica feita ao capitalismo, o filósofo alemão analisou o papel que o trabalho humano representa, tanto para o desenvolvimento, quanto para a própria sobrevivência desse sistema. Assim, partindo da concepção de que o trabalho tem um papel de extrema importância no desdobramento das potencialidades do ser humano, de que, ao modificar a natureza pelo trabalho, também o ser humano é modificado por ela, num processo de interação constante, que leva o ser humano a estágios cada vez mais elevados de desenvolvimento, Marx pôde formular a sua crítica do trabalho alienado, forma de trabalho essa que tem a prerrogativa de impedir esse desenvolvimento. A partir dessa crítica, procurou mostrar que o trabalho alienado é intrínseco ao capitalismo e que essa forma de organização econômica da sociedade leva a uma opressão cada