Crítica ao modernismo
Baseado no livro de Jane Jacobs, “A vida e a morte das grandes cidades”.
Os geradores de diversidade
Para compreender as cidades, precisamos associar, como fenômeno fundamental, as misturas de usos. Se a tivermos como meta de que isso seja suficiente para melhorar a segurança urbana, o contato do público e a interação de usos, ela precisará de uma grande quantidade de componentes.
Sendo assim, a primeira pergunta sobre o planejamento urbano seria: como as cidades podem gerar uma mistura suficiente de usos por uma extensão suficiente de áreas urbanas, para preservar a própria civilização?
Seja de que espécie for, a diversidade gerada pelas cidades traduz o fato de que nelas muitas pessoas estão bastante próximas e as mesmas manifestam os mais diferentes gostos, habilidades, necessidades e carência. E isso é o que deve ser levado em conta.
Por mais que gerações imprevisíveis apareçam, é muito fácil descobrir que situações geram a diversidade urbana se observamos os locais em que a diversidade floresce e pesquisarmos as razões econômicas que permitem seu surgimento nesses locais.
Jane Jacobs traz no seu livro, como ponto mais importante, quatro condições indispensáveis para gerar uma diversidade exuberante nas ruas e nos distritos:
1. O distrito deve atender a mais de uma função principal. Estas devem garantir a presença de pessoas que saiam de casa em horários diferentes e estejam nos lugares por motivos diferentes, mas sejam capazes de utilizar boa parte da infra-estrutura.
2. A maioria das quadras deve ser curta; ou seja, as ruas e as oportunidades de virar esquinas devem ser frequentes.
3. O distrito deve ter uma combinação de edifícios com idades e estados de conservação variados, e incluir boa porcentagem de prédios antigos, de modo a gerar rendimento econômico variado.
4. Deve haver densidade suficientemente alta de pessoas, sejam quais forem seus propósitos. Isso inclui alta concentração de pessoas cujo propósito é