Crítica ao mito da caverna de platão
Sócrates é considerado o maior filósofo da idade antiga e talvez seja também o maior filósofo de todos os tempos. Porém, infelizmente, Sócrates não deixou nenhum legado escrito e o que chegou até nós, chegou através dos seus discípulos.
E um desses legados é o Mito da Caverna descrito no livro A República de Platão que descreve um diálogo entre Sócrates e seu discípulo Glauco e nos traz uma poderosa metáfora entre o mundo real e o mundo ideal. Essa metáfora é baseada na eterna dicotomia entre conhecimento e ignorância. Para Sócrates e seus discípulos, a realidade considerada a realidade comum e tangível vivenciada por nós não passa de um conjunto de “sombras” ilusórias e distorcidas projetadas em uma caverna para homens acorrentados em eterna prisão e sofrimento (ignorância) enquanto que a “verdadeira” (ou seria real?) realidade seria um mundo onde só existe claridade e uma definição bastante acurada das “coisas” (conhecimento).
O mito começa descrevendo a situação de homens acorrentados no fundo de uma caverna em um ambiente de penumbra onde os objetos e sons (devido a configuração da caverna) não podem ser percebidos claramente.
Um desses prisioneiros consegue libertar-se e sair da caverna deparando-se com um mundo completamente diferente do seu mundo habitual. Esse choque provocado pela profunda diferença entre o mundo conhecido pelo ex-prisioneiro e o novo mundo que se apresenta provoca imensa dor. Porém, essa dor passa e o ex-prisioneiro, agora transformado em um novo homem fica maravilhado com toda a “real” (em oposição ao mundo conhecido por esse homem até agora) realidade até então, desconhecida por ele.
Esse homem então resolve voltar à caverna e comunicar a seus ex-companheiros a existência desse novo mundo. E com grande surpresa, ele constata que seus ex-companheiros não o aceitam de volta como um deles e rejeitam as novidades que ele tem para contar.
A simbologia desse mito é vastíssima e sua análise poderia