Crédito Rural
RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE A CADEIA PRODUTIVA DO POLO
PLANALTO MISSÕES
Introdução
A cadeia produtiva da erva-mate (ilex paraguariensis) destaca-se no cenário nacional por contribuir ao processo de desenvolvimento regional através das esferas econômica, social e ambiental. De acordo com Silva e Cassol (2003, p. 64-65), estima-se que a produção mundial de erva-mate se aproxime das 500 mil toneladas anuais, sendo que no Brasil são produzidas 180 mil toneladas, quantia que rende aos produtores mais de 150 milhões de reais.
Ainda, no Brasil, os ervais são cultivados em torno de 180 mil propriedades, a maioria em pequenos estabelecimentos agropecuários (de 1 a 15 hectares), congregando cerca de 600 empresas e mais de 700.000 empregos. Vale ressaltar que grande parte da produção de ervamate se origina de ervais nativos onde não se aplicam produtos químicos (SILVA e CASSOL,
2003, p. 64-65).
A produção da erva-mate no país está distribuída em uma área de 540 mil km², abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul,
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (EMBRAPA, 2010). No caso específico da produção no Rio Grande do Sul, está organizada em cinco polos, a saber, o polo ervateiro
Planalto Missões, o Alto Uruguai, Nordeste Gaúcho, o Vale do Taquari e o Alto Taquari, que no total produziram 272.719 toneladas no ano de 2011 (IBGE, 2011).
Em especial, o Polo Ervateiro Planalto Missões, é composto pelos municípios de Novo
Barreiro, Palmeira das Missões, São José das Missões, Boa Vista das Missões, São Pedro das
Missões, Dois Irmãos das Missões, Erval Seco e Seberi (EMATER, 2013). Entre os anos de
2000 a 2010, o mesmo, obteve um aumento de 3% em sua produção, tendo como base a produção estadual, ora, no ano 2000 produziu cerca de 21.800 toneladas de erva-mate (9% da produção do Estado) e, em 2010, gerou 32.235 toneladas do produto, rendendo, dessa