CRUZ E COROA

CRUZ E COROA: IGREJA, ESTADO E CONFLITO DE JURISDIÇÕES NO MARANHÃO COLONIAL.

O objetivo desse trabalho é analisar a disputa de poder que existiu entre a igreja e o estado.
Durante a idade moderna os dois poderes sempre se mantiveram “unidos”, porém o poder da coroa desempenhou o papel de supremacia, durante o patronado concedido pelo papa Leão X.
Percebe-se que a igreja e estado a pesar de estarem sempre “homogeneizados”, eles sempre viviam em conflitos como na época do Maranhão colonial e que esses conflitos aconteciam em muitas jurisdições.
Buscando compreender todo esse processo de disputas de poder na modernidade, é possível se cruzar documentos do Tribunal Episcopal, do juízo da Coroa e até da Inquisição de Lisboa, para percebermos que o governo civil e eclesiásticos disputavam entre si o direito de punir ,solucionar e mandar.
Essa relação de poder espiritual e administrativo procura abordar que a questão da supremacia sempre permaneceu indefinida.

Os diretos e privilégios que o papa Leão X concedeu a igreja e ao estado permitia que coroa e cruz caminhassem juntas, no entanto os dois interferiam nos direitos um do outro. O rei praticamente assumia como uma espécie de cabeça eclesiástica, porque podia interferir nas questões religiosas, como ocorreu no século XVIII, durante o reinado de D. Afonso II, onde as reclamações e trocas de acusações entre eles ficassem mais constantes. As missivas (cartas e bilhetes) ajudaram a compreender as discussões existentes entre o Estado e a Igreja , no que se referia aos privilégios e a defesa de vassalos do rei contra o poder eclesiástico. As questões tornaram-se ainda mais conflituosas quando, no século XVIII, ascendeu ao poder o ministro marquês de Pombal com sua política regalista que tentava cada dia mais secularizar o Estado português. Através de Pombal existiram várias mudanças e ideais sobre o poder e as formas de governar o povo, manchando a política eclesiástica e sendo a base da proposta de Pombal