Cronica
Folheando encontrou na contra capa um endereço e um nome “Juan”, o dono, Luana seguiu endereço e chegou a um lindo jardim florido, onde sentado aos prantos se encontrava um jovem rapaz, Luana se sentou ao seu lado e o rapaz só conseguiu enxergar o livro: O que você faz com isto? Não lhe pertence.
Luana Logo diz: Sei que não deveria ter lido, mas o li, imagino que esteja passando por momentos difíceis e que não será uma estranha que mudará sua vida, mas gostaria que pensasse em tudo que já viveu e no amigo que lhe resta e que precisa de você. Luana dá de costas e deixando o livro em mãos do rapaz, vai embora.
Juan, confuso, e derramando em lágrimas, abre o livro e ao meio vê uma letra diferente em um poema incomum:
Da dor
As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração.
Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do que o necessário.
A dor é uma ótima desculpa para problemas que não conseguimos resolver, passos que não tivemos coragem de dar, decisões que adiamos.
A dor faz parte da vida - como faz parte a alegria, a fome, e a vontade de sonhar. Não adianta fugir, porque ela termina nos encontrando.
Mas sua única função é nos ensinar algo. Aprendemos suas lições, e isso basta.
Toquemos para frente.
Não vamos nos castigar com memórias amargas. Não vamos sofrer duas vezes, quando podemos sofrer apenas uma.
Paulo Coelho