Cromatografia
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GRUPO
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CROMATOGRAFIA
Mikhail S. Tswett:
Destaque
Um legado para a cromatografia moderna
J. M . F.
C
om origem no grego “chroma + g raphein ”, a cromatografia ou escrita da cor, é um método contemporâneo que ganhou relevo por volta de
1903, com o botânico Mikhail Semenovich Tswett, nascido em Asti (Itália) a 14 de Maio de 1872, sendo a família originária da Rússia. Após ter estudado na Universidade de Genebra (Suíça), mudou-se para S. Petersburgo (Rússia) em 1896 onde começou a trabalhar como assistente no laboratório de botânica da Academia de Ciências dos Imperadores Russos. Foi mais tarde considerado o pai da cromatografia moderna, através dos vários trabalhos experimentais que efectuou, particularmente na separação de extractos de plantas por adsorção diferencial em colunas, tendo verificado a nítida separação de diversos pigmentos corados. Desde então, enormes avanços têm sido concretizados com elevado mérito por diversos cientistas pioneiros no desenvolvimento e aperfeiçoamento desta importante técnica de separação [1].
Com base na análise das quatro primeiras publicações científicas e de um livro editado por M. Tswett [2,3] a descoberta da cromatografia pode ser estabelecida desde a ideia original até um método experimental avançado. Tswett mencionou inicialmente que era possível descobrir os rudimentos do seu método de separação, através dos resultados da investigação ocorrida entre 1899 e
1901, durante a preparação da sua tese de mestrado efectuada no laboratório de botânica da Academia de Ciências dos
* O autor é Presidente do Grupo de Cromatografia da SPQ e Professor Auxiliar do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
NOGUEIRA*
Tendo-se comemorado recentemente o centenário da descoberta da cromatografia por Mikhail S. Tswett, parece pertinente que a centésima edição do boletim da Sociedade Portuguesa de
Química faça menção ao