Critérios de planejamento para transformadores de força
Limites diferenciados para cada transformador de força, mediante análises da área atendida, vida útil e perfil da curva de carga de cada transformador e da flexibilidade operativa dos circuitos atendidos
Historicamente, as concessionárias de energia elétrica, sobretudo na época em que o Estado era detentor das concessões, prezavam pela garantia da confiabilidade extrema no planejamento de seus sistemas. Disto resultavam instalações com redundâncias completas de forma que o serviço não fosse interrompido em caso de contingência simples de qualquer um de seus elementos.
Porém, com as privatizações de boa parte das concessões no atendimento ao serviço da distribuição de energia elétrica e simultâneo processo de reestruturação do setor, a busca pela otimização do processo de gerenciamento de ativos vem sendo uma constante nos estudos desenvolvidos pelas concessionárias, principalmente devido ao novo arcabouço regulatório que incentiva o aumento do fator de utilização das subestações por meio do processo de composição tarifária.
Com o objetivo de definir critérios para o carregamento limite de transformadores de subestações, questões técnicas relacionadas à preocupação quanto à integridade do equipamento devem necessariamente ser abordadas. Para possibilitar uma análise ampla focada no planejamento da distribuição, além dos aspectos gerais constantes em normatização nacional existente (ABNT NBR 5416/1997), optou-se pela utilização de perfis de curvas de carga representativos para cada transformador de força e seus respectivos montantes de carga passíveis de serem atendidos por eles quando da ocorrência de emergências, sem perda significativa de vida útil. Esta abordagem mais específica, em comparação com aquela existente na norma, tem o intuito de regionalizar as análises de maneira a acomodar as ações de planejamento de acordo com as características do mercado consumidor atendido pela rede de distribuição