critica a onda
INTRODUÇÃO
O tempo de vida do ser humano tem aumentado signifi- cativamente1 e ter uma vida longeva, hoje em dia, já não é uma grande vitória, quando a média atual de expectativa de vida nos países desenvolvidos está em torno de oitenta anos e quando as pesquisas biomédicas encontram dados que as permitem inferir sobre o potencial genético do ho- mem para viver até mais de cem anos1,2. Para se viver mui- to, níveis dignos de sobrevivência e de direitos humanos devem ser respeitados e o cidadão deve ter acesso aos avan- ços científicos e tecnológicos das diferentes áreas relacio- nadas à saúde. Inovações em técnicas, procedimentos, medicamentos, vacinas e novos conhecimentos sobre ali- mentação e sobre os efeitos agudos e crônicos do exercício físico colaboraram para esse fenômeno. Existe um número cada vez maior de estudos e docu- mentos que comprovam e relatam os benefícios da aptidão física para a saúde3-6. Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina do Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa epidemiológica, já de- monstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde5,6. Recentemente, Petrella e Wight7 verificaram que muito embora o aconse- lhamento sobre exercício físico seja freqüentemente reali- zado pelos médicos de família, eles relatavam que o pouco tempo disponível e a falta de conhecimento específico li- mitavam de certo modo essa prática. Em outro estudo tam- bém recente8, observou-se que entre mulheres médicas americanas havia uma tendência a aquelas que estavam melhorando os seus hábitos de exercício físico serem as que mais freqüentemente aconselhavam os seus pacientes
1. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UGF; Professora Adjunta do Departamento de Didática – Escola de Educação – Centro de Ciências Humanas – Universidade do Rio de Janeiro – UNI- RIO. 2. Professor do