Critica textual
Textos Bizantino e Ocidental
São conhecidos mais de 5.600 manuscritos do Novo Testamento, que basicamente se encaixam em três grupos distintos em função de sua origem: O Alexandrino, o Texto Tradicional ou Bizantino, e o grupo de textos cujas cópias vieram do mundo ocidental (Europa).
Os manuscritos encontrados no decorrer dos tempos foram associados a cada um destes grupos em função da semelhança dos textos, ou origem da cópia. Desta maneira, quando se encontra um manuscrito antigo, ele é classificado como parte de um certo grupo porque o texto é o mesmo encontrado nos documentos homônimos daquele grupo, ou porque vem da mesma fonte.
Dos três grupos, o que possui os documentos mais antigos é o Alexandrino, e por esta razão comumente os teólogos dizem que mais antigo é sinônimo de melhor qualidade, pois supostamente estariam mais próximos dos documentos originais. Mas o fato é que tanto o grupo Alexandrino, como o Grupo Ocidental, omitem diversos trechos encontrados no Grupo Tradicional, e considerando 19 séculos de cristianismo, observa-se que a Igreja Cristã sempre preferiu Texto Tradicional, ou pelo menos usou este texto em detrimento dos demais. O Textus Receptus compilado por Erasmo vem deste grupo (Tradicional), daí, a nossa versão Almeida Fiel é dele derivada, bem como, até por volta dos anos 1940, todas as bíblias protestantes eram originárias deste grupo, também chamado Bizantino.
Grupo 1 – Alexandrino
Se refere a um conjunto de cópias antigas do Novo Testamento, de onde provém o chamado Texto Crítico da Bíblia, provavelmente produzidos em Alexandria, no Egito. Alexandria era um importante centro comercial e político da antiguidade, onde residia uma grande colônia de judeus. Fazem parte deste grupo o Papyrus 76, Codex B, Papyrus 66 e Codex Aleph, também chamado de Codigo Sinaiticus, o mais famoso de todos eles.
Cada um destes documentos representa cópias de textos bíblicos, alguns deles de quase toda a Bíblia, e alguns apenas