Critica midnight in paris
in Paris, um filme de Woody Allen, é uma viagem alucinante e cativante, cheia de cultura artística e visual, conhecimento, mistério e sabedoria. O enredo envolvente descreve-se em torno de diferentes épocas, que são narradas em alternância.
A personagem principal Gil carateriza-se como um ser deambulatório, que efetivamente conecta os anos 20 ao presente através da sua fértil imaginação. A sua paixão e conecção com a arte e a escrita da década de vinte, faz com que o mesmo imagine que está realmente a viver o que era para ele a “era de ouro”. Nada tinha mais prazer que partilhar o seu romance recém escrito com Gertrude Stein, F. Scott Fitzgerald ou Ernest
Hemingway, seus heróis, apreciar a beleza e delicadeza de Adriana ou os quadros recém pintados de Pablo Picasso ou até a pequena grande loucura de Salvador Dali. Com a frase “O passado sempre teve um charme especial para mim”, a personagem pretende salientar que era naquela época que provavelmente se sentiria integrado, perto do seus artistas de eleição, numa época em que reinava o surrealismo, a elegância, a euforia.
Concluindo, acho sinceramente que este filme tem um argumento fantástico, com metáforas da vida de Gil, bastante fortes e surpreendentes, com um surrealismo mas ou mesmo tempo uma realidade de como era os artistas, cujo são de renome, na atualidade. Há um misto de emoções entre as várias personagens, mas o mais marcante e chocante para mim neste filme, foi ver que o presente é vazio, contrariamente ao passado. O passado é rico, é a pura arte da loucura e do inconsciente. Um misto de sensações e emoções que já mais iremos sentir como Gil pode sentir.
“É pra isso que serve o cinema: fugir da realidade dramática do mundo real e mergulhar num oceano imenso de fantasia, loucuras e pura insanidade!”
Nome: Madalena Nascimento