Critica Filme Milton Santos

No documentário de Milton Santos, são discutidos os efeitos causados pela globalização. As sociedades de consumo e as divisões territoriais através de barreiras físicas (ambas resultado do capitalismo), a forma como a mídia mostra a globalização e as revoltas dos oprimidos são os temas abordados no filme. A globalização ainda será dividida de duas formas.
A primeira forma da globalização mostrada por Milton Santos é como a mídia a exibe. Todos os benefícios já conhecidos, como avanços tecnológicos, maior acesso à informação e consequente encurtamento das distâncias, são sempre explorados nas notícias como o lado bom da globalização. O grande problema é que a mídia exerce um poder muito forte sobre a opinião das pessoas, e acaba manipulando e mostrando somente a face que é desejada. Por outro lado, nem todos são facilmente manipuláveis, e o avanço das comunicações possibilitou que as classes oprimidas pudesse minimizar suas revoltas e mobilizar grandes multidões a enfrentar os opressores.
A segunda forma da globalização é aquela que segrega e demonstra as grandes disparidades entre as nações desenvolvidas e as que estão em desenvolvimento. O documentário exibe eventos como a tentativa de privatização da água em Cochabamba, na Bolívia e o Fórum Mundial da Água em Kioto, no Japão, onde a discussão ficou entre a água ser colocada como produto ou como direito do povo.
Sendo assim, podemos dizer que o autor aborda questionamentos pertinentes e importantes que geram discussões acerca do mundo contemporâneo, possibilitando aos seus leitores um entendimento mais aprofundado e crítico sobre o assunto. Este documentário é uma boa indicação, pois trás vários exemplos reais do nosso cotidiano, expandindo assim o nosso conhecimento, trazendo um novo olhar sobre os processos da globalização.