critica do filme ato de coragem
502 palavras
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A goiaba não cai muito longe do pé. Filho de John Cassavetes, o diretor Nick Cassavetes além de hábil roteirista (Profissão de Risco, 2002) tem tato para direção – isso sem contar seu gosto pela atuação. Se seus trabalhos mais recentes não foram marcados de relevante presença, houve outros mais antigos que foram mais expressivos. “Um Ato de Coragem” (John Q, 2002) uma produção que potencializa o inconformismo diante da impotência de não poder fazer nada, consegue prender a atenção do espectador do começo ao fim, quando não fazê-lo se esvair em lágrimas. Em sua história acompanhamos John Quincy Archibald (Denzel Washington) um sujeito normal que anda passando por problemas financeiros. A única coisa que mantém sua sanidade diante das dificuldades econômicas é a vida familiar. Mas quando seu filho tem um ataque durante um jogo de beisebol, levando a ser hospitalizado em um hospital particular. Depois do susto causado pelo ataque, vem o drama de Archibald: o estado de saúde do garoto é crítico, e ele precisa de um transplante de coração urgente, mas seu plano de saúde não cobre a operação. Embora com toda a ajuda de amigos e conhecidos, ele está longe de alcançar o valor necessário para o tratamento. Pressionado pela mulher e completamente desesperado para salvar a vida do filho, ele resolve invadir o pronto-socorro do hospital e fazer um grupo de pessoas como reféns até que seu filho seja atendido – com ou sem cobertura do plano de saúde.
Com um elenco afinadíssimo composto por Denzel Washington, Robert Duvall e James Woods, entre outros, o diretor Nick Cassavetes realiza uma produção tensa, polemica e emocionante. O astro Denzel Washington acerta precisamente na carga dramática de seu personagem, como também Robert Duvall, mediador nas negociações desta delicada situação. Enquanto James Woods estremece o espectador a certa altura em sua postura de médico e louco, o filme toma todos os rumos possíveis até um desfecho vibrante – inevitavelmente previsível. A