Critica de Locke contra as Ideias Inatas
J. Larson
2 Fil, PAIC/FA – Unicentro
Palavras-chave: Ideias Inatas, Locke, Teoria do Conhecimento.
Este trabalho tem por objetivo explicitar a crítica de Locke à noção de ideia inata, tal como exposta no Ensaio Acerca o Entendimento Humano. Para isso, buscar-se-á discutir as razões e as consequências da crítica de Locke à referida noção, a rigor, àquelas ideias com as quais aspessoas supostamente nasceriam e que portanto não precisariam aprender; da mesma forma, discutir-se-á a negação lockeana dos princípios chamados inatos, i.é, de modo mais preciso, da asserção de que estes sejam universais. Assim, o presente trabalho buscará mostrar como a crítica de Locke contra o inatismo o levou a conceber a alma humana, no momento de nascimento, como uma “tábula-rasa”, como se fosse um papel em branco.
Locke nega que os princípios chamados inatos sejam universais e afirma que eles não têm maior utilidade.O autor diz que “a maneira que adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato” (LOCKE, 1999, p. 37);issose baseia no fato de que poderíamos adquirir todo conhecimento existente sem a ajuda de impressões inatas. Caso em que estas se apresentam a Locke como uma simples opinião decorrente da crença de alguns indivíduosde que o entendimento guarda determinados princípios inatos, ou seja, noções primarias, ou ainda a priori. Tais indivíduos acreditariam assim que essas noções estariam estampadas na mente do homem, que as teria impressas em sua alma desde o momento de seu nascimento e as levaria consigo ao mundo. Desse modo, vale observar que Locke entende como sendo “inato” tudo quilo que esteja presente na consciência, como um objeto manifesto do pensamento desde o nascimento, ou seja, conforme Jorge Filho (1992 p. 23), certas noções e princípios que “quais estariam estampados na mente do homem, cuja alma os recebera em seu ser primordial e os transportara consigo ao mundo”.
Nas palavras de