Critica de Arte_Natureza Morta
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Pedro Henrique Lemes da Silva – 6AABCrítica de Arte – Prof. Felipe Chaimovich
O gênero de pintura natureza morta que se desenvolveu na Europa está fortemente ligado as expressões do renascimento comercial e do surgimento da burguesia enquanto classe social.
Apesar de ser praticada desde a Antiguidade, a natureza morta não era inicialmente um gênero autónomo, pois os objetos surgiam sobretudo inseridos em vasos, mosaicos e pinturas murais junto com outros temas. Plínio, o Velho, menciona brevemente Piraeicus, como um “pintor de temas vulgares”, que pintava sobretudo barbeiros, sapateiros, barracas, burros e vegetais.
Com a Idade Média o tema caiu na escuridão, talvez surgindo intrinsecamente ligado a temática religiosa, em um contexto de representação dos símbolos ligados à igreja católica.
Foi o Renascimento que possibilitou a natureza morta aparecer pela primeira vez como um gênero. O interesse pela arte da Antiguidade greco-romana, levou o redescobrimento do idealismo clássico, levando também a colocar o “Homem” e a “realidade” em primeiro plano, em detrimento das cenas religiosas. A pintura a óleo sobre tela, contribuiu também para o desenvolvimento do gênero, pois possibilitou alcançar a um realismo na pintura, pelas texturas, velaturas e tonalidades.
As primeiras naturezas mortas começam a aparecer, entre os séculos XVI e XVII. Natureza Morta (1620) de Panfilo Nuvolone, é, portanto, uma das primeiras naturezas mortas a serem produzidas até então enquanto gênero. A bela fruteira de cobre cheia de cachos de uvas pendentes junto a lustrosas maçãs vermelhas seria um belo quadro para uma sala de jantar e que certamente encontraria um comprador.
O contexto do renascer comercial surge e ascende, progressivamente, a burguesia que pouco a pouco vê a necessidade de criar uma identidade e, acabam por moldar uma nova cultura. Começa-se a criar o gosto do burguês que almeja o luxo da nobreza que lhe foi negada. O gênero de pintura de natureza morta aparece então