Critica ao filme Volver, Segunda feira ao sol, e ao documentário tudo que sou capaz .
O filme “Segunda-feira Ao Sol” (Los Lunes Al Sol, Fernando León de Aranoa, 2002) retrata a sociedade espanhola contemporânea desagregada pelo processo de reestruturação produtiva. O filme aborda a dificuldade de recolocação dos personagens desempregados no mercado de trabalho, neste aspecto, o Estado não consegue promover o bem-estar de uma parte da população que se encontra afectada pelo desemprego estrutural. Este processo gera uma sensação de inadequação social, visto que numa sociedade capitalista, o quê gere a vida social é o trabalho.
As personagens principais retratadas são homens, desempregados, que se sentem inúteis por esta inactividade, o homem que supostamente tinha um papel de sustentador da família não é verificado aqui, por isso causa certa raiva ao personagem principal, ser a mulher a ter que trabalhar para sustentar a família, a mentalidade deste tipo de pessoas do norte, ainda é aquela em que a mulher é quem devia estar em casa a tomar conta dos filhos, e a fazer tarefas domésticas, e homem a trabalhar todo o dia para poder sustentar a família, as pessoas no norte de Espanha, são pessoas muito mais fechadas, e estão sempre preocupadas com os seus problemas, que são de origem económica, tal como a crise que se lá vive, mas não deixa de existir uma social. Já comparando com o filme “Volver“(Volver, Pedro Almodóvar,2006), este filme retrata um tipo de pessoas, duma região do sul de Espanha em que ao contrario do primeiro filme, as mulheres são as protagonistas, tendo em conta que em “Segunda-feira Ao Sol” apenas uma mulher aparece como personagem, a temática neste filme já é essencialmente o incesto, e de acontecimentos que são relacionados entre gerações na medida em que vemos a reprodução em duas gerações diferentes de uma mesma situação.
A filha abusada sexualmente pelo pai e grávida deste,