Cristo era impecável ou não
1. Alguns argumentam que Cristo não poderia ter pecado. Acreditam que o nosso Senhor foi tentado como nós somos tentados, e que Ele pode "compadecer-se das nossas fraquezas"
(Hb 4:15), mas que era incapaz de pecar.
Na defesa dessa posição argumentam, em primeiro lugar, que por ele ser Deus, e por Deus não poder pecar (Hb 6:17; Tg 1:13), Cristo também não poderia pecar. Segundo, já que Cristo não possuía a natureza humana decaída, como acontece conosco, não tinha propensão alguma para o pecado. Finalmente, observam que a sua tentação era apenas proveniente de fora de si mesmo, e nunca de seu interior. Daí, Cristo podia ser tentado sem ter a real possibilidade de pecar.
2. Outros estudiosos acreditam que Cristo poderia pecar (já que ele tinha livre-arbítrio), mas que mesmo assim não pecou. Em poucas palavras, o pecado lhe era possível, mas não aconteceu na vida de Jesus. Negar essa possibilidade "dizem" seria negar sua plena humanidade, sua habilidade de "compadecer-se das nossas fraquezas"(Hb 4:15), e isso ainda transformaria as tentações de Jesus numa charada. Observam que, mesmo sendo verdade que Jesus, como Deus, não podia pecar, não obstante ele podia ter pecado como homem (mas não pecou).
Defendendo a primeira posição Heber Carlos de Campos, escreve:
“Embora
[Jesus] tenha sido perfeitamente homem, ele manteve o seu atributo divino da santidade. Esse atributo o fazia forte bastante para assegurar não somente que ele poderia evitar o pecado, mas também que ele nunca poderia pecar. A vontade divina pertencente a Cristo era determinante. A natureza santa e a vontade do Verbo impediam que o Redentor