cristao na sociedade
19 de Out ubro de 2005 | Met afísica e lógica filosófica
A Libe rd a d e Evo lu i, de Daniel C. Dennett
Tradução de J orge Beleza
Lisboa: Tem as e Debates, 20 0 5, 365 pp.
Com prar
A liberdade evolui. E o determ inism o?
Foi finalm ente editada em Portugal a tradução de Freedom Evolves, de Daniel
Dennett, publicado no original em língua inglesa em 20 0 3. A disponibilização entre nós de A Liberdade Evolui m erece ser assinalada, que é o que pretendem os fazer com este texto.
A tese geral do livro é perfeitam ente com preensível (e até esperada) dado o em penham ento do autor em sublinhar a im portância da evolução natural na com preensão da form a com o as coisas chegaram a ser o que são no nosso m undo:
"o livre-arbítrio é real, m as não é um aspecto preexistente da nossa existência, com o a lei da gravidade. E tam bém não é o que a tradição declara que é: um poder divino que dispensa a pessoa do tecido causal do m undo físico. Trata-se de um a criação da actividade e das cren ças hum anas que evoluiu, e é tão real quanto outras criações hum anas (...)" (p. 28 ).
Tem os, pois, que a tese central está toda no título do livro: a liberdade evolui. Um a parte im portante da obra é dedicada a recensear várias tentativas para conceber com o a evolução poderia ter produzido aquilo a que cham am os liberdade. Na verdade, não parece que Dennett esteja particularm ente em penhado em fazer valer algum a dessas teorias em particular - estando, isso sim , m ais interessado em m ostrar que o padrão geral das explicações naturalistas é evolucionista tam bém neste particular objecto.
Em bora partilhem os essa ideia geral, esta obra de Dennett não se explica som ente pelo que parece ser a sua tese central. É que, se essa tese é sobre a form a com o a liberdade chegou a ser o que é, por via evolutiva, é preciso saber de que falam os quando falam os de liberdade. Que liberdade é essa que evolui?
Neste livro Dennett procura