Crises Capitalistas
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CARLOS ANDRÉ RIBEIRO ROCHA
CRISE CAPITALISTA
SÃO LUÍS
2014
Determinantes e natureza da crise capitalista.
No meado de 2008 uma crise capitalista eclodiu no mercado financeiro de capital a partir dos movimentos especulativos dos ativos financeiros. Essa crise apresentou como característica principal a expansão significativa do capital fictício. O aparecimento desta crise está associado, verdadeiramente, a muitas ações políticas e econômicas adotadas ao longo das últimas décadas pelos governantes dos países capitalistas desenvolvidos e subdesenvolvidos que tinham como objetivo facilitar o movimento do fluxo de capitais entre as diversas praças financeiras do mundo.
O estouro da bolha especulativa das ações ligadas às empresas de alta tecnologia, as chamadas dotcom, que aconteceu entre o século XX e XXI, foi o anúncio do início dessa nova crise do capitalismo. Essa eclosão obrigou a massa de capital fictício ali acumulada, decorrente de uma crise menor ocorrida no setor, a encontrar novos espaços de valorização. Essa massa de capital fictício que não pode ficar parada, pois vai contra a lógica do processo de acumulação de capital, foi redirecionada para o mercado de financiamento de imóveis, principalmente o americano.
Mediante esse cenário, o mercado de imóveis dos Estados Unidos sofreu um grande aquecimento, resultando num aumento dos valores dos imóveis. Como consequência do processo de desregulamentação do setor, aumentou de maneira excessiva a oferta de crédito para o chamado grupo subprime do mercado, que são tomadores de empréstimo que não têm muitas garantias de pagamento do empréstimo feito.
Tudo ocorreu bem enquanto havia capital monetário para sustentar a oferta de crédito e consequentemente a compra de novos imóveis, mantendo o mercado aquecido. Porém, quando a oferta de capital não conseguiu mais acompanhar