crise
A crise financeira asiática de 1997 foi surpreendente pois se deu em uma região na qual a pouco tempo havia ocorrido o “milagre económico asiático” com crescimento econômico rápido e sustentado. Investimentos com elevado retorno tornaram a Ásia atrativa para os mercados, mas quando os Estados Unidos tentaram incentivar os investidores ao baixar os juros, tornaram-se mais apelativos e como consequência os mercados asiáticos perderam o interesse. Um efeito dominó desencadeou-se, começando pela Tailândia e espalhando-se para as Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Malásia, e por aí fora, originando uma crise global. Os mercados que anteriormente tinham desfrutado de uma fase próspera estavam agora no fundo: o índice da Tailândia caiu 75%, o de Hong Kong 23% e o de Singapura 60%.
Até 1996, a Ásia atraiu quase metade do fluxo total de capital aos países em desenvolvimento. No entanto, Tailândia, Indonésia e Coréia do Sul tinha grandes déficits em conta corrente e da manutenção da taxa de câmbio atrelada encorajados endividamento externo e levou à exposição excessiva ao risco cambial, tanto no sector financeiro e empresarial. Nesse período a tailandia mantinha a sua moeda em paridade com o dólar norte americano. Entretanto os mercados financeiros da Tailandia tornaram-se alvo de pressões continuas e sofreram vários ataques especulativos no início de 1997.
Alguns economistas dizem que o avanço da China como exportador também influenciou a crise. Na década de1990 a China começou a competir com os outros países asiáticos e os importadores ocidentais estavam a procura de produtos mais baratos e os encontrou na China cuja moeda foi depreciada em relação ao dólar.
Em 1997, países do Sudeste e Nordeste asiático enfrentaram crise financeira que desvalorizou fortemente suas moedas, derrubou suas Bolsas de Valores, interrompeu o crescimento econômico e se estendeu ao plano político, com a queda de governos. Nos anos seguintes, contaminou outros países