Crise no petroleo
O choque se originou após a Guerra do Yom Kippur, entre Israel e os países árabes. Como os EUA haviam apoiado os israelenses na guerra, os árabes, que faziam parte do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), decidiram interromper o fornecimento para os EUA, Europa e Japão. Com a redução da oferta, o preço do barril passou de 3 para 12 dólares em três meses. O período, que foi conhecido como o Primeiro Choque do Petróleo, causou uma forte recessão na economia mundial. Na época o Brasil importava a maior parte do que consumia e sofreu sérias conseqüências. “O primeiro choque nos apanhou completamente desprevenidos. O consumo aparente de petróleo em 1973 era de 870 mil barris/dia e a nossa produção própria não passava de 170 mil barris/dia. Todo o resto era importado e essas importações representavam aproximadamente 850 milhões dólares. Com a correção do preço, as despesas brasileiras com petróleo pularam de 850 milhões para 2,4 bilhões de dólares, em 1974. Isso causou uma evolução catastrófica na dívida externa e provocou o processo de estouro da inflação que perdurou até o 2º choque, em 1979″, relembra o professor doutor Tharcisio Bierrenbach de Souza Santos, responsável pelos cursos de Globalização e Competitividade, Cenários Econômicos e Organização do Futuro, da FAAP.
No período do Milagre Econômico – 1968/1973 – o PIB brasileiro cresceu a médias anuais