A partir da segunda metade do século XVIII, a Espanha iniciou um período de grave crise econômica. A prata principal fonte de riqueza da metrópole estava esgotando nas colônias americanas. A coroa espanhola combateu os contrabandos, ampliou os tributos sobre o comércio colonial e manteve a proibição de instalação de manufaturas em suas colônias. O esforço espanhol para ampliar os ganhos com as colônias também atingiu os povos indígenas. O rígido controle sobre suas colônias na América, porém não foi o suficiente para melhorar a situação econômica da metrópole espanhola. Essas medidas serviram ao contrário, pra aumentar a descontentamento da elite criolla. A expansão napoleônica na Europa, no início do século XIX, ajudou a transformar a insatisfação dos colonos com o domínio espanhol em movimento da ruptura. Em maio de 1808, Napoleão Bonaparte ocupou a Espanha, desrespeitando um tratado de cooperação existente entre dois países e nomeou seu irmão José Bonaparte, para governar o país. Em algumas regiões, formou províncias de governo, que estavam submetidas a uma junta central e tinham por objetivos organizar a resistência espanhola a exercer o poder enquanto o legítimo monarca não assumisse o governo. Em setembro de 1808, a Cidade do México, capital do Vice-Reinado da Nova Espanha, anunciou a criação de um governo local autônomo. Apesar de afirmarem lealdade do rei ausente, na prática as juntas governativas americanas romperam com o governo metropolitano. Em 1814, depois da queda de Napoleão Bonaparte, Fernando VII retomou o trono espanhol e adotou medidas que reduziram a liberdade das colônias e centralizaram ainda mais o poder nas mãos do rei. As elites coloniais, porém, não estavam dispostas a admitir o retorno da antiga ordem colonial, assim grande parte das colônias espanholas entrou em guerra por sua