Crise Na Arquitetura Atual
A crise arquitetônica atual se dá principalmente pela globalização e a era do “modismo”. A redução da importância da decisão do poder público sobre as cidades, para a mão de grandes empreendimentos torna este cenário ainda mais vazio de cultura e repleto de marketing voltado para o consumismo. Esse panorama confuso que estamos vivenciando de seguir somente o que é atual, de última geração faz com que tenhamos falta de originalidade e falsa ideia de que é inédito o que se criou. A prestação de serviço na arquitetura está presa às regras do atual mercado, é ditado pelo valor financeiro, fazendo o profissional abrir mão da importância histórica, cultural e autenticidade que deveria conter na obra, o profissional acaba por pecar com exageros e falta de lógica apenas para agradar visualmente este episódio atual. Edson Mahfuz no texto Arquiteturas Silenciosas, (Atitudes predominantes na arquitetura contemporânea, P.06, L.07, 2005), cita “Mies van der Rohe: “o objetivo do arquiteto não é fazer arquitetura interessante, mas sim boa arquitetura”. Entende-se que o arquiteto deve buscar acima de tudo criar algo com conteúdo, não somente focar em inovação como principal objetivo, buscar elementos históricos para ajudar a definir a identidade do projeto, ter como meta despertar no observador a sensibilidade introduzida no objeto, se aprofundar no descobrimento dos ideais proposto, este é o verdadeiro valor da arquitetura. A prática da arquitetura deve deixar de ser levada pela moda atual ditada pelos meios de comunicação, e voltar a ser conhecida como uma profissão culta voltada para o cultural e o social.