Crise Mundial
1. 2006 : a crise do subprime
Os subprimes incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguer de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de rendimento e com mau histórico de crédito ( os chamados clientes ninja : sem renda, sem emprego, sem património). Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas renegociações, o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta.
2. 2007: produtos tóxicos
Para diluir o risco dessas operações de risco, os bancos americanos credores juntaram-nas aos milhares, e transformaram a massa daí resultante em derivados negociáveis no mercado financeiro internacional.
3. 2008: a falência dos principais bancos americanos e a crise financeira mundial
A queda nos preços de imóveis, arrastou vários bancos para uma situação de insolvência, repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo.
Assim, criaram-se títulos negociáveis cujo lastro eram esses créditos "podres". Foi a venda e compra, em enormes quantidades, desses títulos que provocou o alastramento da crise, de origem estadunidense, para os principais bancos do mundo. Houve um efeito de contágio.
Gerou-se uma crise de confiança geral no sistema financeiro e falta de liquidez bancária, ou seja, falta de dinheiro disponível para uso imediato dos bancos.
Mesmo os bancos que não trabalhavam com os chamados "créditos podres" foram atingidos. O banco britânico Northern Rock, por exemplo, não tinha hipoteca-lixo em seus livros, mas adotava uma estratégia arriscada - tomar dinheiro emprestado a curto prazo (a cada três meses) às instituições financeiras, para emprestá-lo a longo prazo (em média, vinte anos), aos compradores de imóveis. Repentinamente, as instituições financeiras deixaram de emprestar dinheiro ao Northern Rock.
Na sequência, temendo que a crise tocasse a esfera da economia real, os Bancos Centrais foram conduzidos a injetar