crise idrica
1523 palavras
7 páginas
No século XIX, Pedro II reflorestava a TijucaJornal GGN – A Agência Brasil foi buscar no século XIX uma solução para o problema das bacias hidrográficas do Rio de Janeiro. De acordo com a reportagem, o imperador Pedro II desapropriou áreas da Floresta da Tijuca onde hoje é o Parque Nacional da Tijuca e promoveu um reflorestamento que propiciou a recuperação natural da mata. “Naquela época, o solo e as rochas não conseguiam armazenar tanta água, porque sem as florestas, a água acaba escoando na superfície do terreno, não entra no solo vai para o mar. Então, o nível de água subterrânea caiu muito, como nos dias de hoje”, explicou a pesquisadora ouvida pela agência.
Para preservar a água, o replantio de mudas é uma solução eficaz desde o século 19, no Rio de Janeiro. Diante da crise hídrica, o imperador Pedro II ordenou desapropriações na Floresta da Tijuca, onde hoje é Parque Nacional da Tijuca, devastado por plantações de café, e iniciou um amplo reflorestamento. A estratégia propiciou a recuperação natural da mata, que sofria com erosão e estava degradada, segundo a chefe do Laboratório de Geohidroecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Luiza Coelho Netto.
“Naquela época, o solo e as rochas não conseguiam armazenar tanta água, porque sem as florestas, a água acaba escoando na superfície do terreno, não entra no solo vai para o mar. Então, o nível de água subterrânea caiu muito, como nos dias de hoje”, lembrou a pesquisadora sobre a situação na floresta. Na época, a corte e as comunidades do entorno da Tijuca eram abastecidas por essas águas.
Com as medidas do imperador, acrescentou, sem a pressão da ocupação urbana, a área se recuperou e hoje é um dos maiores parque urbanos do país, com opções de trilhas e visitas a cachoeiras.
De acordo com Ana Luiza, embora a Floresta da Tijuca não tenha condições de abastecer toda a população carioca, de mais de 6 milhões, cumpre um papel importante no clima e na recarga dos lençóis