Crise Hipertensiva

393 palavras 2 páginas
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública em nosso país, não só pela elevada prevalência — 20% da população adulta — como também pela acentuada parcela não diagnosticada ou não tratada adequadamente. Atualmente ela é definida como uma elevação da pressão arterial diastólica (PD) acima de 89 mmHg e/ou pressão sistólica (PS) acima de 139 mmHg, em pelo menos duas consultas consecutivas1. A classificação atual de pressão arterial (PA) substitui os termos “leve, moderada e severa”, antes utilizados para quantificar a hipertensão, por estágios que variam de 1 a 3
Classicamente a crise hipertensiva tem sido definida como uma elevação abrupta e severa da pressão arterial, geralmente com pressão diastólica acima de 120 mmHg3‘4. Entretanto, mais importante que o nível absotuto da PA, é a ocorrência ou não de lesão aguda e progressiva em órgão-alvo.

É preciso, portanto, classificar a crise hipertensiva em duas situações distintas. Uma, chamada emergência hipertensiva, em que encontramos lesão aguda, em andamento em órgão-alvo5. Nestes casos, faz-se necessário o controle imediato da PA, em minutos a horas, para preservar a vida ou a função de órgãos vitais, preferindo-se o manuseio com drogas parenterais em unidade de tratamento intensivo (tabela 2). Em outras situações, chamadas de urgências hipertensivas, há necessidade de controle urgente, mas não imediato da PA, q ue poderá ser feito em até 24 horas, com uso de droga por via oral5.
AVALIAÇÃO CLÍNICA

Uma rápida, mas cuidadosa, anamnese deve ser realizada no sentido de distinguir emergências de urgências hipertensivas. Devem-se identificar fatores precipitantes, evidência de lesão aguda em órgão-alvo, obter informações sobre antecedentes de hipertensão arterial (duração, severidade, níveis de controle), medicações utilizadas e lesões de órgão-alvo pré-existentes.

Breve exame físico deve ser feito, com ênfase para exame de fundo de olho, procura de sinais de insuficiência cardíaca,

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