Crise financeira do século XXI
A atual fase capitalista, chamada de globalização, tem, como bases:
O modelo de acumulação flexível (quarta fase de expansão capitalista), que retrata o surgimento de novos setores de produção, os novos fornecimentos de serviços financeiros e a inovação tecnológica e organizacional;
A terceira revolução tecnológica, que integrou novas tecnologias de produção e fabricação de produtos consumidos pela sociedade;
A ascensão do neoliberalismo, que se caracteriza pelas críticas à globalização e ao assistencialismo estatal, assim como o apoio ao fim do intervencionismo estatal na economia e ao desregulamento do poder sindical.
O comércio mundial é organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC); entretanto, os fluxos comerciais estão muito acelerados, devido à desregulamentação dos mercados financeiros graças às bases já mencionadas e às novas tecnologias de comunicação. Essa fuga de capitais deu origem a várias crises financeiras, que permearam durante o século XXI, e deixaram a economia dos países emergentes frágil.
As crises do século XXI, em especial à de 2008, são crises da globalização. Elas atingiram, principalmente, os núcleos do sistema global: Estados Unidos e Europa. Elas se deram porque houve, primeiramente, a desregulamentação do sistema financeiro e a trajetória neoliberal dos EUA.
A DESREGULAMENTAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO
O mercado financeiro, depois do modelo de acumulação flexível que deu uma nova cara ao comércio mundial, tornou-se sem regras monetárias e sem estabilizadores de câmbio. Paralelamente, foram surgindo inovações financeiras que aumentaram a dinâmica econômica global. Essas características têm, como vantagem, a redução das políticas macroeconômicas domésticas, como as estatais; entretanto, elas são responsáveis, também, pelas crises (seja as de balanço de pagamento, seja as de liquidez e solvência).
Como parte das inovações financeiras surgidas graças à desregulamentação dos