crise energetica
No Brasil, mais de 90% da energia é produzida nas hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia. Entretanto a situação do abastecimento vem se agravando com o forte período de estiagem e as elevadas temperaturas registradas nos últimos meses reacendendo uma discussão antiga entre os brasileiros: a possibilidade de racionamento de energia elétrica.
O problema não é somente uma consequência da escassez de chuva, mas também devido ao grande crescimento populacional ao qual acarreta a necessidade de uso racional da água. Como não houve um acréscimo proporcional da capacidade de armazenamento dos reservatórios nas hidrelétricas, a crise energética coloca em evidência a fragilidade do sistema de abastecimento, portanto com a grande falta de integração entre as usinas, as quais hidrelétricas do Sudeste enfrentam os níveis mais baixos de abastecimento desde que foram construídas. Enquanto sobram água e energia no Sul e no Norte, onde as usinas estão, em média, com altos níveis de abastecimento. Devido à falta de transmissão de alta capacidade a qual impede a transmissão de energia entre essas regiões.
A crise energética evidenciou um problema até então encarado com timidez ou indiferença pelo poder público em todos os níveis: a iminente crise da água, resultado da exploração demasiada e a falta de preocupação ambiental com os mananciais. Com isso a cota de redução no consumo de energia, a ser cumprida por todos os consumidores, continua dependente de um dos fatores que causaram a crise de energia - as chuvas. A meta de redução de 20% só terá resultado para os reservatórios das usinas se chover pelo menos 75% da média entre junho e novembro. Caso contrário, os apagões serão inevitáveis.
O comportamento atípico das chuvas este ano, demonstra a vulnerabilidade do sistema energético brasileiro pela falta de conhecimento prévio das autoridades e órgãos competentes quanto