Crise dos Misseis
A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia, em 1961 , instalaram mísseis nucleares em Cuba. Houve uma enorme tensão entre as duas superpotências, pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.
Pela primeira vez, os norte-americanos sentiram-se ameaçados pelos horrores das mesmas armas que protagonizaram o ataque nuclear de Hiroshima e Nagasaki. Para alguns analistas, a ousadia da manobra militar cubano-soviética poderia dar início a uma nova guerra em escala mundial. Dessa forma, entre os dias 16 e 29 de outubro daquele mesmo ano, foi iniciada uma delicada rodada de negociações que deveria conter a ameaça de uma guerra nuclear.
Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro ambos os governantes concordaram em remover os mísseis de Cuba.
Segundo documentos revelados pelo Arquivo de Segurança Nacional dos Estados Unidos em 2012, o Brasil participou secretamente das negociações durante a crise, ajudando a conter "o momento mais perigoso da história da Humanidade", chegando a enviar um representante à Havana em 19 de outubro de 1962.