Crise Do Mercado de Games
Dentre as várias fofocas, uma foi contada tantas vezes que distorceu a realidade e cegou os produtores e fabricantes: bastava fazer um joguinho qualquer, lançar no mercado e ficar sentado assistindo o Domingão do Faustão (OK, não existia o programa na época) a espera do dinheiro era uma das estratégias que sempre davam certo. É verdade que o mercado estava borbulhando, mas as coisas não estavam tão fáceis assim.
gamer O amadurecimento da indústria era apenas aparente. O mercado, e consequentemente o consumidor, sofria sucessivas enxurradas de consoles desde a primeira geração. Não estaria exagerando em dizer que a cada semestre eram lançados de três a quatro “novos” consoles. Fora isso, a partir da segunda geração, com a política de obter lucro a partir das vendas dos jogos, cada vez mais jogos eram lançados, saturando o mercado que ainda não estava preparado para absorver tanta coisa.
O desespero da Atari e a inundação do mercado
COCADA PRETA Até a sua venda para a Warner, a Atari era o mais concreto exemplo de sucesso na indústria. Sua agressividade, capacidade de leitura do mercado e apostas nas moedas certas no “jogo da indústria” lhe renderam o título de “rei da cocada preta”. Contudo, sua venda para a Warner Communications, talvez, a comprementeu pelo resto da vida. Sem Nolan Bushnell a Atari começou a adotar estratégias perigosas e sem sentido, mesmo quando a ocasião não lhe exigia isso.
O primeiro exemplo de tal estratégia foi no lançamento do 2600. Com o número de vendas abaixo do esperado, a Warner simplesmente disse “façam ai qualquer coisa