Crise do café de 1929
A indústria paulista da crise de 1929
A década de 1930 foi consagrada na historiografia brasileira como um momento de ruptura, tanto no plano político como no econômico e social. Nessa década o deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira: uma economia cuja dinâmica era determinada pela demanda externa, em especial pelo café, principal produto de exportação do Brasil na época, que passou a ter na procura do mercado interno, o determinante fundamental do nível de renda, produto e emprego.
A Crise de 1929 e a grande depressão dos anos 30, levaram ao estrangulamento externo da economia brasileira: o volume de divisas gerado pelas exportações era insuficiente para cobrir as importações essenciais e os compromissos financeiros do país, causando profunda desvalorização da moeda nacional. Disso resultou o encarecimento do produto importado comparado ao similar nacional, favorecendo a substituição de importações.
Seguindo o cronograma, vamos ver como foi essa crise:
Em 1906 a produção brasileira já superava 20 milhões de sacas e com os preços em queda houve uma política de valorização do café, para fixar o preço mínimo e com essa valorização houve uma falta de incentivo para diversificação de produtos para exportação.
Em 1914, durante a 1ª Guerra Mundial, o Brasil enfrentou dificuldades para vender seu produto no exterior, e o governo federal e o estado de SP começaram a subsidiar o produto, comprando e estocando, três anos depois São Paulo acumulava estoque de 3 milhões de sacas.
Em 1920 o excessivo aumento da produção do café alcançava espantosos 21 milhões de sacas para um consumo mundial de 22 milhões, sem nenhum controle técnico e econômico de bom senso sobre plantio e produção, e com isso em 1929 se iniciou a crise.
O valor da saca de café que era de 200.000 réis em agosto de 1929, caiu para 20.000 réis em Janeiro de 1930, uma queda de 100% no preço.
Um empréstimo de