Crise de 29
Foi durante o contexto do Crack (quebra) da Bolsa de Nova York, em 1929, que isto aconteceu (na verdade, se iniciou um pouco antes desta derrocada da bolsa nova-iorquina acontecer...).
A quebra da bolsa de Nova York desestabiliza o mercado interno: os financiamentos junto aos bancos estrangeiros foram interrompidos; os preços despencam, levando o setor para uma enorme crise. A depressão americana fez desabarem os preços do produto. Mais de 22 milhões de sacas estavam empilhadas em armazéns reguladores. Na década de 30, a crise provocou a queima de 80 milhões de sacas.
Houve uma desvalorização do preço do café no mercado.
O excesso de oferta de café por parte dos cafeicultores, fez com que estes ficassem com excesso de café em seus estoques, pois eles não conseguiam mais vender tudo o que produziam.
Houve até mesmo queima de parte da produção pelos produtores, o que restou numa tentativa fracassada de elevar os preços do café novamente...
Muitos sofreram moratórias, dívidas, perdas patrimoniais por conta disso...
Efeitos da crise:
Naquela época, o Brasil passou por um grave problema cambial. De acordo com o historiador Caio Prado Júnior (1907-1990), autor de História econômica do Brasil, publicado pela primeira vez em 1945, a queda nas exportações, provocada pela crise, gerou um desequilíbrio na balança comercial brasileira. Sem uma indústria sólida, o Brasil exportava apenas café e outros produtos agrícolas, como algodão, cacau e borracha. Como não eram produtos essenciais para o consumidor – portanto, suas compras poderiam ser interrompidas a qualquer hora –, dizia-se que o país tinha uma “economia de sobremesa”. A moeda forte obtida com essas exportações servia para pagar as importações de boa parte dos produtos industrializados consumidos pelos brasileiros. O aprofundamento da crise, porém, provocou a redução da demanda externa e a queda dos preços internacionais do café. Com isso, o déficit comercial do país cresceu rapidamente.