crise da agua
No começo de 2014 observamos nos jornais de todo país uma enxurrada de notícias sobre a eminente crise de abastecimento hídrico da maior cidade da América do Sul devido ao baixo nível dos reservatórios que compõe o sistema Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo e outros 12 municípios – dentre eles Piracicaba e Campinas – e responsável pelo fornecimento de água para cerca de 14 milhões de pessoas.
Os níveis dos reservatórios que compõe o sistema Cantareira iniciaram o ano já em baixa, uma média de 25% da capacidade total de armazenamento, e, somando a esse problema à ausência de chuvas neste verão, chegamos ao cenário alarmante de possibilidade de escassez de água para cerca de 30% da população do estado de São Paulo já no mês de maio, com grande probabilidade de adoção de racionamento na região. Mas será mesmo que os principais culpados pela crise da água são o Aquecimento Global, São Pedro ou o fulano que não fecha a torneira ao escovar os dentes?
A grande mídia não conseguiu esconder que algo além da falta de chuvas é responsável por essa situação, como se observa em manchetes como “Cantareira registra chuvas abaixo da média há 2 anos” (Folha de São Paulo – 29 de março), “Consumo de água cresce mais que produção” (Folha de São Paulo – 3 de abril) e “Crise de abastecimento era tragédia anunciada” (Le Monde Diplomatic – maio). Observando a situação mais de perto, percebe-se que o centro da questão está na gestão dos recursos hídricos do estado de São Paulo, que desde 1995 está sobre o comando do PSDB.
DESMONTE DA SABESP É claro que os eventos climáticos deste verão contribuíram para agravar a crise, mas a própria Sabesp já alertava, em 1994, para um provável período de escassez após realizar uma análise do regime hídrico e sua série estatística, recomendando que a companhia se preparasse para esse momento. Entretanto, nessa mesma