Crise Asiática: o desempenho do FMI e o aprendizado do Banco Mundial
FMI e o aprendizado do
Banco Mundial
Marina Faria Corrêa
Universidade Federal Fluminense – INEST
Organizações Internacionais
Professor Jonuel Gonçalves
A CRISE ECONÔMICA DO SUDESTE ASIÁTICO
Em meio à década de 1990, as economias emergentes asiáticas cresceram mais rapidamente do que estavam preparadas para lidar. Suas taxas médias de crescimento do PIB estavam entre 7% e 10% até 1996, as taxas de investimento foram elevadas e houve a entrada de capital substancial na região.
No caso da Tailândia, a entrada de capital ascendeu a cerca de 10% do
PIB por ano entre 1990 e 1996.
Contudo, os mercados de capitais desses países
desenvolvidos,
não deixando eram a intermediação desses fluxos de capital para o setor bancário. As taxas de câmbio foram fortemente controladas e, à contrapartida da entrada de capital, havia um grande acúmulo de dinheiro e de crédito nos setores financeiros nacionais, uma inflação associada a partir dos valores de ativos e do aumento dos preços de bens e serviços.
Os riscos cambiais associados a esses fluxos de capitais, apesar de grandes, eram incorridos por entidades nacionais, ao invés de serem partilhados pelos mercados globais. Na maioria das vezes, o gerenciamento desses riscos não era bem feito, em parte devido às fracas capacidades de gestão de risco e à fiscalização ineficaz e, em parte porque tornaram os regimes cambiais extremamente rígidos, erroneamente. As pressões sobre a moeda tailandesa começaram tarde, em 1996, demonstrando sinais de problemas com os credores locais e coincidindo com um aumento nas taxas de câmbio efetivas de alguns países asiáticos (e, portanto, um declínio da competitividade), devido à subida do dólar norte-americano, e com uma desaceleração no mercado de semicondutores, uma importante fonte de crescimento.
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Portanto, com seu início oficial no verão de 1997, a crise financeira que atingiu grande parte da Ásia teve sua origem na Tailândia. No entanto, logo se tornou um