Criptosporidíase
Criptosporidiose é uma infecção parasitária, cujo agente etiológico, o protozoário do filo Apicomplexa, gênero Cryptosporidium, é geralmente associado a diarréias em indivíduos jovens e a gastrenterites graves e prolongadas em pessoas imunodeficientes.
A infecção é autolimitante em indivíduos com imunidade normal, mas pode ser grave em imunocomprometidos.
Este parasita é patogênico para mamíferos, incluindo o homem, aves, répteis e peixes.
Apresenta distribuição geográfica mundial, tendo sido descrito pela primeira vez em 1907, em camundongos, nos Estados Unidos. Desde a descoberta deste protozoário, cerca de 20 espécies desse gênero já foram mencionadas em diferentes espécies de hospedeiros animais, mas ainda há divergências quanto à sua taxonomia.
Um fato que distingue o Cryptosporidium de outros coccídios é a falta de especificidade para hospedeiros.
Cryptosporidium é normalmente encontrado no intestino, mas pode ocorrer fora do trato digestório, como em certas partes do trato respiratório. A localização respiratória é comum em aves.
O ciclo biológico deste parasita necessita de apenas um hospedeiro. Dois tipos de oocistos se formam: 80% têm parede grossa e são eliminados já infectantes junto com as fezes; 20% são envolvidos apenas por uma membrana e se rompem na luz intestinal, determinando novo ciclo no mesmo hospedeiro.
A multiplicação do parasita no interior das células do intestino causa má absorção e digestão. Como conseqüência ocorre diarréia por alterações das células epiteliais, atrofia de vilosidades e perda de enzimas digestivas.
Os oocistos eliminados com as fezes são a principal fonte direta de infecção, a qual é adquirida por ingestão de oocistos que estejam contaminando água potável, alimentos, água de piscina, rios e lagos. Outro modo seria o contato pela via fecal-oral de pessoa para pessoa ou entre pessoas e animais contaminados.
O oocisto de Cryptosporidium é muito resistente e sobrevive à