Criminosos da palavra
Menocchio e Riviere: Criminosos da palavra, poetas do silencio
“ Guizburg critica a postura metodológica adotada por Michel Foucault [...] ao tratar o caso de Pierre Riviere” (p. 101)
Guinzburg critica Foucaul pelo fato dele não interpretar, dele silenciar o caso de Pierre Riviere que degolou a mãe,a Irmã e o irmão, ficando desta forma numa contemplação que busca o belo e o irracional.
“ [...] é Foucault quem recusa a interpretação do memorial escrita por Rivierre explicando seu crime.” (p.101)
Neste momento Foucault se encontra dirigindo o (GIP) onde ele prefere dar a palavra ao preso, ao criminoso para que ele conte de suas experiências.
“ Foucault tenta denunciar, exatamente o silêncio a que submetido ao prisioneiro; como o poder e o seu discurso é a única verdade enúnciável sobre estas criaturas silenciadas e como a experiência do crime e seu potencial de denuncia do poder são domados exatamente por esses discursos que se apropriam do crime e tentam dele extrair a verdade. (p. 102)
Foucault vem quebrar o silêncio dos prisioneiros, buscando deles a verdade , e a forma como a experiência de seu crime são domados pelos discursos, o que ele realmente busca no caso de Riviere é não se deixar aprisionar por estes discursos.
“ Foucault realmente se negou a explicar o discurso de Riviere. Mas seria isto como diz Guinzburg cair no silêncio? (p.102)
Foucault não se baseia em um único discurso, no fim de seu trabalho, ele colocou textos nas quais se tem discursos que se apóiam, outros que cruzam-se ou excluem outros já existentes, produzindo assim uma explosão discursiva relacionada ao fato, negado-se a elevar um discurso com condição de verdade que explicaria o caso de Riviere.
“[...] o caso Menocchio e o caso Riviere guardam entre si muitas semelhanças[...] ( p. 102)
O fato destes casos terem semelhanças, acabam aproximando os dois autores em algumas posturas e divergindo em outras. Isso é o foco do