Crime organizado no brasil
O aumento da violência e da criminalidade nos últimos 20 anos afetou também os índices de acidentes nas estradas, com conseqüências diretas sobre o transporte rodoviário de cargas, atingido pela ação de quadrilhas, muitas delas altamente organizadas e sofisticadas.
Praticamente inexistente há cerca de duas décadas, a incidência elevada do roubo das mercadorias e bens transportados nas rodovias deu origem ao seguro de desvio de carga, que oferece garantias adicionais ao seguro obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador de Carga.
Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC) mostram a expansão do roubo de cargas rodoviárias no Brasil: os prejuízos registrados em 2008 atingiram R$ 805 milhões, com avanço próximo a 30% sobre os R$ 630 milhões registrados em 2003. Enquanto o valor do roubo/furto de cargas aumentou, o número de ocorrências apresentou taxa de crescimento bem inferior: 4,2%, saindo de 11.900, em 2003, para 12.400, em 2007. Os números revelam que os criminosos têm roubado cargas com valores financeiros mais altos, o que justifica maior preocupação das empresas transportadoras e dos donos das mercadorias.
Mas a ação dos bandidos não está restrita ao transporte de cargas por terra ou apenas ao Brasil. No mar, piratas ressurgem numa aliança entre guerrilheiros e o crime organizado, como nos recentes sequestros de petroleiros na costa oriental da África, onde mais de duas centenas de navios foram alvo da pirataria naval apenas em 2008. O sequestro que mais chamou a atenção de todo o mundo foi o do petroleiro saudita Sirius Star, com carga avaliada em mais de US$ 100 milhões, e uma intimação de resgate milionário.
Segundo a fonte Bandeirantes Empresas do setor de transporte rodoviário registraram um aumento de 6% nos prejuízos em 2011 com roubo e furto de cargas no Estado de São Paulo.
Os aparelhos eletroeletrônicos, mais visados pelas quadrilhas pela alta liquidez,