Criação e Restauração
A maneira pela qual as Escrituras Sagradas se iniciam é digna de seu Divino autor. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” Gn 1:1, e isso é tudo que está registrado aqui no que se refere à criação original. Nada é dito que nos possibilite fixar a data desta criação; nada é revelado no que diz respeito à sua aparência ou habitantes; nada se fala sobre o modus operandi do seu Divino Arquiteto. Não sabemos se os céus e a terra primitivos foram criados há alguns mil ou muitos milhões de anos atrás. Não somos informados se eles foram chamados à existência num único momento, ou se o processo de sua formação abrangeu um intervalo de longos anos. A afirmação é simples: “No princípio, criou Deus”, e nada é acrescentado para satisfazer a curiosidade. A frase de abertura das Sagradas Escrituras não é para ser discutida, mas é apresentada como uma declaração da verdade a ser recebida com fé inquestionável. “No princípio, criou Deus”. Nenhum argumento está registrado para provar a existência de Deus: em vez disso, Sua existência é asseverada como um fato a ser crido. E ainda, é expressado o suficiente, nesta curta frase, para desmascarar cada sofisma que o homem inventou em relação à Deidade. Esta frase de abertura da Bíblia repudia o ateísmo, pois postula a existência de Deus. Rebate o materialismo , pois ela distingue entre Deus e a Sua criação da matéria. Extingue o panteísmo, pois afirma a necessidade de um Deus pessoal. “ No princípio , criou Deus”, nos relata que Ele era antes da fundação do mundo e, por conseguinte, Eterno. “No princípio, criou Deus”, nos diz que Ele é um ser pessoal, pois uma abstração, uma “primeira causa” impessoal, não poderia criar. “No princípio, criou Deus os céus e a terra”, relata que Ele é infinito e onipotente, porque nenhum ser finito possui o poder para “criar” e, ninguém, senão um Ser Onipotente poderia criar “os céus e a terra”. “No princípio, Deus”. Esta é a verdade fundamental de toda teologia