Criação ou Evolução
Por: Júnior Figueiredo
É patética a divisão que há entre evolucionistas e criacionistas. De um lado alguns querendo provar a literalidade bíblica; do outro, descrentes que desprezando a espiritualidade, depositam todas suas fichas em conhecimento humano. É assim que vêm procedendo estes que não depreendem de um assunto, muito menos do outro.
Eis que em 1927 um padre propôs a teoria do Big Bang. Isso mesmo, um padre! E adivinhem qual foi a reação da igreja? Errou quem pensou em fogueira. O Papa considerou e incentivou as pesquisas do Belga Georges Lemaître. Contudo, na época, por picuinhas religiosas, a comunidade protestante opôs-se a igreja Católica e optou por uma interpretação literal da bíblia.
Com o passar do tempo, o Big Bang foi empiricamente comprovado e sua autenticidade tornou-se indiscutível no meio científico. Até então, os chamados evolucionistas acreditavam que o universo nunca fora criado, mas que sempre existira e nele as espécies teriam evoluído. Tendo em vista as descobertas do Big Bang os descrentes tiveram que dobrar-se perante o criacionismo. Ou seja, o universo teve um início, fora criado.
Diante deste quadro o que percebemos? De um lado tínhamos os evolucionistas, que apesar de forçosamente engolirem o criacionismo negavam a existência do criador. De um outro, a declaração do Papa Pio XII em 1950 que afirmara não haver contradição entre a teoria de Charles Darwin sobre a evolução das espécies e a doutrina cristã; e por último a comunidade protestante que não tolerava nenhuma dessas idéias.
Atualmente negar a evolução das espécies aliada ao Big Bang é como negar a existência de telefone celular e forno microondas. Dessa maneira, hoje, milhares de protestantes enveredam pelo caminho oposto a ciência e não raro são tidos como piada no meio intelectual. Sem saber o porquê fecham os olhos para a razão, herdando, assim, uma interpretação bíblica comprovadamente equivocada. Tudo isso fruto de um legado