Criação de valor
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Poucas empresas remuneram bem o acionista
Nelson Niero
Poucas empresas brasileiras remuneram o dinheiro investido pelos acionistas. Um estudo feito por Oscar Malvessi, professor da Fundação Getulio Vargas FGV-SP mostra que em um universo de 62 grandes companhias de capital aberto, entre 1992 e 1998, apenas nove deram um retorno acima da taxa que considera o risco do capital. Souza Cruz, Brahma, TAM, Globex, Weg, Petróleo Ipiranga, Distribuidora Ipiranga, Multibrás e Arno foram as que passaram no teste. Mas a grande maioria teve desempenho sofrível e, em alguns casos, o dinheiro estaria melhor aplicado na poupança. Para Malvessi, é um problema de gestão. "Falta atualização à área financeira das empresas", diz. "Muitos executivos acham que não precisam remunerar o capital dos acionistas". O conceito de criação de valor não é novo, mas começou a ganhar força na década de 80 nos Estados Unidos. Pg. B8
2- Caderno: Empresas & Tecnologia – B1 Para Malvessi (foto), da FGV-SP, capital não é remunerado pelas companhias – ver pg. B8
Seção: Gestão: Empresas S.A. – pg. B8 Tese do professor da FGV-SP mostra que companhias destroem capital investido
Retorno ao acionista é baixo, apesar da estabilidade da moeda
Nelson Niero
As empresas brasileiras aprenderam a ser mais competitivas com abertura do mercado e a estabilização da economia, mas ainda não conseguiram repassar esse ganho operacional para o bolso dos acionistas. Uma pesquisa feita pelo professor Oscar Luiz Malvessi, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, mostra que a maioria das companhias abertas não remuneram o capital investido pelos sócios, mesmo apresentando lucro nos seus balanços. Malvessi utilizou como matéria-prima para o estudo - sua tese de doutorado - os resultados de 62 grandes empresas privadas não financeiras, de 17 setores, entre 1992 e 1998. Das empresas pesquisadas, só