Criação da OTAN
A Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Estados Unidos e pela União Soviética. As duas potências, contudo, ocupavam posições ideológicas opostas no cenário mundial. Os Estados Unidos eram os propagadores da ideologia capitalista no mundo, enquanto a União Soviética, desde a Revolução Russa de 1917, defendia e acreditava no sistema socialista.
Com o fim da guerra, um novo conflito surgiu entre esses dois polos, mas dessa vez o embate ficou no campo ideológico. Uma vez que ambas as potências possuíam um arsenal militar e nuclear considerável, a ocorrência de um novo confronto bélico entre as duas poderia representar a completa aniquilação de uma delas ou das duas.
Em 1949, os Estados Unidos lideraram uma organização que reuniria os países europeus de sistema capitalista em um pacto de auxílio militar mútuo. No dia 4 de abril daquele ano foi criada em Washington a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Algum tempo depois, os países do bloco socialista, liderados pela União Soviética, reagiram e criaram o Pacto de Varsóvia.
A atuação da OTAN não ficou restrita apenas ao campo militar. Embora fosse seu preceito inicial, a organização tomou dimensões de interferência nas relações econômicas e comerciais dos países envolvidos.
Na década de 1980, o socialismo entrou em crise e declinou rapidamente. A fragilidade da União Soviética frente ao cenário mundial refletia no Pacto de Varsóvia, que não tinha forças mais para existir. Nesse contexto, a OTAN se reorganizou adotando outras medidas como prioritárias, já que o motivo que esteve no cerne da criação da organização já não tinha mais representação nenhuma.
A OTAN seguiu o rumo de manter-se como o eixo de segurança da Europa e América do Norte e foi progressivamente se expandindo para o Leste Europeu, antiga região do bloco socialista. No século XXI, mais um série