Criatividade na escola
A REPRESSÃO DA CRIATIVIDADE NO PASSADO E PRESENTE
RESUMO
Como a tradicional repressão da criatividade nas escolas pelo curso dos séculos influencia até hoje o ensino nas escolas, numa época em que a criatividade é um bem cada vez mais necessário, não apenas no mercado de trabalho, como também em todas as áreas da vida.
Palavras-chave: Criatividade. Repressão. Ensino. História.
1 Criatividade no passado
A criatividade foi inicialmente vista como inspiração divina; foi, também, vista como loucura. Estas duas velhas correntes de pensamento mostram com clareza como sempre foi difícil conceituar criatividade. Trabalhar para o desenvolvimento dela é uma tarefa ainda mais complicada. Kant apud Kneller “entendeu ser a criatividade um processo natural, que criava as suas próprias regras; também sustentou que uma obra de criação obedece a leis próprias, imprevisíveis; e daí concluiu que a criatividade não pode ser ensinada formalmente”.
Talvez pelo fato de trabalhar com o desconhecido e imprevisível, a criatividade no passado foi muito mal compreendida. De acordo com Kneller, muitos artistas e pensadores pagaram caro por seus gênios criativos. Copérnico e Galileu foram denunciados como blasfemos; a teoria darwiniana da evolução provocou iras no clero e a falta de reconhecimento quase levou Nietzche à loucura. Na escola, quando criança, Albert Einstein foi um verdadeiro fracasso. Sentia grande dificuldade em matérias como história e geografia e um dos seus professores, inclusive, chegou mesmo a prever um futuro sombrio para ele: "- É um debilóide! Não vai chegar a lugar algum!" Aos oito anos, Thomas Edison foi matriculado na escola do reverendo Engle, que não precisou de muito tempo para conceituá-lo como um "retardado", um "estúpido". Por causa da sua dificuldade em aprender, Edison foi praticamente expulso e nunca mais freqüentou escola alguma. Gandhi também foi um aluno medíocre. Sofreu muito com a tabuada e costumava voltar para